sexta-feira, 15 de abril de 2011

Mala, Navio e Los Angeles



Olá amigos

Este que vos fala já está em Los Angeles – EUA. Havia prometido voltar para postar algumas coisas do pré-embarque, mas como tive menos de uma semana para organizar tudo meu tempo foi muito corrido. De qualquer forma, aproveito e atualizo a minha situação para os interessados.

Vamos por partes.

===== Mala – o que levar

Já viajei para várias partes do Brasil, às vezes para passar meses. Mas nada se compara a se trancar por seis meses em uma monstruosidade metálica flutuante. Dessa forma, na hora de fazer as malas, resolvi não confiar em meu próprio julgamento e experiência (o que é raro) e preferi pesquisar diretamente com agências e tripulantes.

Vi várias listagens sobre o que levar na mala, mas a maioria eu considerei bem supérflua - uma listagem que encontrei recomendava levar nada mais nada menos que 20 tipos de remédios. Achei isso um pouco sem noção... Poxa, será que uma pessoa passa tão mal assim no mar? E se passa, não existe médico, enfermaria, farmácia, loja de conveniência no navio ou em outros países?

Depois de muito pesquisar, eu decidi copiar a listagem desse tripulante:



Achei muito simples e concisa, sem exageros. Só alterei dois detalhes: primeiro, vou levar a minha Bíblia e meu Terço (devidamente abençoado), porque eu não sou bobo. Segundo: coloquei mais camisas, calças e meias. Se seguirem a lista acima não precisam se preocupar com peso, pois a minha mala ficou lotada e pesou apenas 17 kg – aliás, como tripulante de uma companhia americana, recebi uma carta me autorizando a embarcar com 40 kg a mais do que o normalmente permitido. Nem precisei.

===== Sapphire Princess e Itinerário

O Sapphire Princess foi construído no Japão em 2004, e é equipado com mais de 700 cabines com varandas de onde os passageiros podem sair e desfrutar a brisa refrescante do oceano.

De acordo com algumas informações que levantei, o Sapphire seria um tipo de “navio escola” da Princess. Este – juntamente com o Star – possui training rooms e várias cabines extras para tripulação. Ao que parece, é comum o novo funcionário aprender suas funções em um desses dois navios e ser transferido (ou não) para outro navio da frota. Nesse ponto, não adianta reclamar: ao assinar o contrato com a Princess, você dá direito à empresa a lhe deslocar de navio conforme a necessidade da mesma.

O itinerário do Sapphire no perído que estarei embarcado é, nos quatro primeiros meses, basicamente composto de cruzeiros de sete dias entre Los Angeles=Costa Mexicana, Costa Oeste Americana=Canadá, e Canadá=Alaska. As principais cidades (ou pelo menos as mais visitadas) serão Los Angeles, São Francisco, San Diego, Seattle, Juenau e Vancouver.

A partir do final de Setembro (meu quinto mês de contrato), o Sapphire passa a fazer cruzeiros de 14 a 28 dias partindo do Havaí, indo para as várias ilhas desse estado americano e locais como Taiti, Ilhas Samoa, Polinésia Francesa e outras ilhotas do Pacífico.

Caso tenham curiosidade, segue o link da própria Princess explicando os diversos itinerários do meu navio:


===== Despedidas

Essa é a pior parte para quem passa por algo parecido. Como sou uma pessoa mais reservada, preferi não fazer muito alarde do meu embarque nem ficar contando para todo mundo. Dessa forma, um dia antes de embarcar, apenas alguns amigos mais chegados foram em casa se despedir. Minha sogra me deu um terço lindo, e um cartão com a Oração dos Navegantes (vou precisar). No aeroporto, minha mãe, meu irmão caçula e minha namorada foram dar os abraços finais e chorar mais um pouco.

Nesse ponto nem tenho muito que falar... O que passa na cabeça da gente é um misto de ansiedade, alegria e tristeza. Deixar quem você ama aqui é duro. Só posso acrescentar que foi realmente muito sofrida essa despedida.

Mamãe: te amo muito. Sabrina: lembre-se do que prometi. Rafael cabeção: vou sentir a sua falta.

===== Los Angeles – primeiro dia

Fui para os EUA saindo de São Paulo (Garulhos) pela TACA. Fiz uma conexão em Lima e peguei um vôo para Los Angeles pela LAN. Fiquei impressionado com o serviço de bordo em ambas as companias, dão de 10 a 0 em qualquer compania brasileira (inclusive a TAM). Fiquei impressionado também – e muito – com a organização e beleza do Aeroporto Internacional de Lima, além da cordialidade de seus funcionários. Ele chega a ser mais organizado e mais bonito que o de Los Angeles. Será que o país da Copa do Mundo e das Olimpíadas chega lá?

Ainda nesse vôo e aeroporto fiz amizade com um peruano e um sul-africano, ambos gente finíssimas que falavam maravilhas do Brasil e ficavam perguntando coisas sobre novelas e futebol que eu nem sabia responder. Também só sabiam falar do Rio de Janeiro... Fazer o que, a cidade é maravilhosa mesmo...

Já em Los Angeles foi tudo mais simples do que esperava. Na fila da imigração era comum as pessoas serem questionadas durantes vários minutos, tirar novas impressões digitais e fotos, e muitos foram chamados para uma sala reservada para maiores explicações. Na minha vez somente me perguntaram qual o motivo de estar nos EUA (trabalhar em um navio de cruzeiro) e quanto tempo duraria o contrato (seis meses). Depois o agente da imigração carimbou o meu Passaporte e me liberou (não pegou minhas digitais nem tirou foto, coisa que faziam com todos). Quando perguntei se era somente isso, ele ainda brincou que “claro que é, não vê que quero te liberar para eu tomar um café?”.Peguei minha bagagem e o agente me indicou uma fila que não tinha absolutamente ninguém, enquanto as outras estavam lotadas. Esses filas eram para revista da mala, com cães farejadores, scaners, etc. Na minha fila, apenas apresentei o passaporte carimbado e pude passar “ileso”.

Logo após, uma van me pegou e levou ao Hotel Hilton. Ao entrar, vi que a Princess caprichou no meu hotel... Talvez queiram causar uma boa impressão, pois esse hotel é coisa de cinema. Mesmo estando vestido de uma forma mais humilde – para enfrentar mais de 12 horas de vôo a praticidade é mais importante que beleza – fui tratado como um verdadeiro lord, e todos os funcionários primeiro tentavam conversar em espanhol para depois falar em inglês. Eu dou tando na cara que sou latino?   =D

Como tinha o dia todo livre mas não muito dinheiro, apenas andei pelas redondezas (além do mais, pelas minhas contas, voltarei em LA 10 ou 12 vezes... terei outras oportunidades para passear). Uma coisa que gosto de fazer para conhecer uma cidade nova é simplesmente andar sem destino, apenas ao sabor da curiosidade. Saio andando, vejo uma rua interessante e diferente e vou para lá, normalmente até me perder e precisar me esforçar para encontrar o caminho de volta. Passei por umas quatro ou cinco horas nesse ritmo, vi bastante coisa (táxis e ônibus escolares amarelos, viaturas policiais preto-e-branco e limousines brancas realmente existem) e inveitei alguns assuntos para conversar algumas pessoas que me pareciam interessantes. Todos eles ficavam meio desconfiados quando eu as abordava, mas no meio da conversa eu falava que era do Brasil e tudo ficava mais tranquilo. De novo, perguntavam do Rio.

Voltei para o hotel, jantei, mandei um e-mail para minha casa e liguei para a Sabrina, pois não sou de ferro. Depois confirmei na recepção o que já havia sido avisado por e-mail: amanhã (16/04) um representante da Princess irá me buscar às 07:00 horas no lobby, e ao que parece não existem outros tripulantes por aqui hoje.


Amanhã a aventura de verdade começa. Espero que me acompanhem nessa jornada.


 Abraços do mineiro que está cada vez mais próximo do mar.

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sexta-feira, 8 de abril de 2011

Data de Embarque

Olá caríssimos


Quero lhes dizer uma coisa que tenho vontade há muito tempo...


SAIU A MINHA DATA DE EMBARQUE!


Depois de muita espera, ansiedade e um pouquinho de “inveja” – vi a minha turma inteira embarcar – recebi a tão esperada data.

Foi um pouco curioso como tudo aconteceu. Em mais uma manhã modorrenta e que tinha tudo para ser a mais comum possível, recebi a ligação da querida Nicole me informando que meu embarque seria dia 16 e se eu estava disponível. Respondi que sim e ela me disse que em breve me mandaria um e-mail com maiores detalhes, contrato, etc. Fiquei tão afobado pela notícia que me esqueci de perguntar se seria no dia 16 de Abril ou 16 de Maio.

Hoje recebi o e-mail. Com muito orgulho, informo que embarco dia 16 de Abril em Los Angeles, no navio Sapphire Princess. Eu poderia dizer “Now, I’m Princess too”, mas creio que não ficaria bem.

Fiquei muito feliz com a notícia. Quem me conhece, sabe há quanto tempo planejo e espero por isso; é a coroação de um projeto. Deixarei de ser “futuro tripulante” e subirei para a escala de “tripulante”. Como já dito anteriormente, será uma oportunidade única, vou ralar pra caramba, penar para tentar entender o inglês de gente do mundo inteiro, mas creio que voltarei melhor do que irei, tanto na esfera pessoal como profissional. Pra ficar melhor ainda, um parceirão gaúcho (Samuel Kaster, italiano do Sul) irá para o mesmo navio uns vinte dias depois de mim. Está sendo ótimo, nunca estive nem no Paraguai pra comprar muamba e agora estou indo para Los Angeles! West Coast rules, dude!

Fiquei um pouco triste também. Imaginava que receberia minha data com um mês ou mais antes do embarque propriamente dito. Além de correr atrás dos preparativos finais, tenho apenas uma semana para curtir a família e namorada.

Namorada... Despedir dela vai ser f*da. Não que despedir da família também não o seja, mas com esta você já cresce sabendo que um dia você vai seguir o seu caminho. Minha irmã mais nova, por exemplo, com 17 foi fazer faculdade em Uberlândia (uns 800 km de distância). Com 22 ela foi com a cara e coragem morar em Doha, Qatar. Esse tipo de situação é o esperado em qualquer família, ao menos nas famílias normais.

Mas com a minha namorada – Sabrina, ou Bina para os amigos – a história será um pouco diferente. Nunca me apeguei a ninguém. Nunca havia pensado em namorar sério. Nunca pensei em passar finais de semana em família. Falar sobre vida a dois no futuro, então, jamais. Isso até conhecer Aquela-que-virou-meu-mundo-de-ponta-cabeça.

Ela é daquele tipo de pessoa que te completa e te entende de uma forma que você nunca havia julgado ser possível. Quem tem alguém assim sabe do que falo.

De qualquer forma, é melhor parar por aqui. É uma mistura de emoções tão grande que eu nem saberia dizer por que estou chorando: felicidade, tristeza, satisfação, realização, medo, curiosidade, orgulho, aventura... Nesse momento todos nós tripulantes somos iguais.

Agradeço de coração àqueles tem me acompanhando e tem me apoiado nessa jornada. Tenho certeza que em breve minhas postagens serão mais interessantes. Por falar nisso, na próxima postagem darei mais detalhes do meu navio, itinerário e o que levar na mala. Encontrei algumas informações que me foram úteis e quero compartilhar com vocês.


 Abraços e fiquem com Deus.

 Ps.: lembrem-se: quem reza, consegue.

 [Eu, Sabrina e minha mãe linda e maravilhosa no canto. A foto não faz jus a como somos lindos pessoalmente, mas dá pra ter uma noção. Não quero ninguém secando minha gata, rapaziada!]


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sexta-feira, 18 de março de 2011

Susto com o Visto Americano

Olá marujos

Alguns amigos tem me cobrado postagens, perguntando sobre novidades, falando que abandonei o blog, etc...

Calma pessoal! Também fico frustrado quando começo a acompanhar um blog e nunca vejo nada de novo. O blog anda parado sim, admito, mas por um motivo sério: passei por um susto com o meu American Visa que eu, exagerado como sempre, cheguei a pensar que minha carreira a bordo iria terminar antes mesmo de começar.

Lembram da minha última postagem, que comentei todo feliz e saltitante que meu Visto havia chegado e que, de lambuja, ainda tinha conseguido os Vistos B1/B2 sem esforço?

Pois então. Logo após isso, o mais rápido possível, encaminhei toda a documentação scaneada para a Staff Work – Passaporte, Visas, Medical e Antecedentes Criminais. O problema é que fui descobrir da pior maneira que a Embaixada Americana havia errado no meu passaporte.

Originalmente eu solicitei o Visa C1/D (trânsito e tripulante, respectivamente). A Embaixada me concedeu os Visa B1/B2 (viagem a negócios e turista) e D. Na minha ignorância, pensei estar tudo ok – já tinha o Visto de tripulante, e pensava que um Visa B1 ou B2 com certeza valeria mais que o C1.

Imaginem a minha surpresa ao entrar em contato com a Staff Work e saber que estava tudo errado. O pessoal da agência nunca havia embarcado ninguém sem o C1, e imaginava que provavelmente não seria possível. Expliquei que não era minha culpa, e argumentei que talvez eu poderia embarcar utilizando o B1 junto com o D. A Nicole, sempre atenciosa e um doce de pessoal, ficou de entrar em contato com a Princess Cruises e me informaria. A resposta da companhia foi rápida e não tão delicada:

“Sem o Visa C1/D não é possível o embarque”.

Fiquei louco.

E puto também, pois o erro não foi culpa minha. Já comecei a imaginar o pior possível – todo mundo faz isso – e a pensar em soluções e, principalmente na grana que talvez eu gastaria com um novo processo de Visto.

Tentei ligar para a Embaixada Americana, mas infelizmente, para casos de Vistos, não possuem um telefone direto. Você liga, disca várias opções, prometem que “dentro de instantes, um de nossos funcionários irá lhe atender”, mas essa promessa não é cumprida. Só consegui sucesso pelo e-mail (pergunte-ao-consul@state.gov), através de uma resposta automática que abrange todo tipo de situação possível.

O que eu deveria fazer era me dirigir à Embaixada durante a semana para correção (sem chance de eu ir a Brasília novamente), ou enviar o passaporte pelo Sedex com uma carta explicativa bem detalhada, telefones e endereço para devolução. Paguei o Sedex mais caro que tinha e em três dias o site dos Correios acusou o recebimento. O e-mail automático também pede para não entrar em contato em breve ou demasiadamente para saber da situação da correção, pois isso é feito por não sei qual departamento nos EUA e entrar em contato não iria adiantar o processo.

Então esperei alguma notícia do meu passaporte.

Esperei por uma semana.

Esperei por duas semanas.

Quando estava completando três semanas, tentei novamente entrar com contato com eles perguntando da minha situação. Já havia recebido e-mail da Staff Work me cobrando isso.

Depois de muito tentar, a Embaixada me informou que havia corrigido o meu passaporte emitindo novos Visas e cancelando os que haviam sido emitidos por engano. Fiquei feliz e triste ao mesmo tempo, pois já imaginava que teria o B1/B2 cancelado (bye bye compras em Miami...).

Mas os americanos não deixaram de me surpreender novamente: o C1/D foi emitido corretamente, mas cancelaram o B1/B2 apenas para emitir de novo... alguém entende? De qualquer forma, God bless America!

Mais do que rápido, já enviei tudo para a minha querida agência. Agora sim, finalmente, I’M READY. Minha agência me garantiu que meu embarque não irá demorar, pois a própria Princess os cobrou sobre minha situação. Isso me deu uma certa esperança.

===== Fim da pré-Odisséia

Fazendo uma reflexão sobre tudo que passei para embarcar, considero que minha pré-Odisséia chegou ao fim. Tudo que estava ao meu alcance para conseguir o embarque eu fiz. Agora, devo aguardar um navio e uma data de embarque pela Staff Work/Princess Cruises.

Creio que esse último não vai demorar, pois a maioria do pessoal que fez o recrutamento comigo ou já embarcou, ou já possui a sua tão esperada data. Se não me engano, de uma turma de 20, apenas três ainda não embarcaram.

Desde o início do meu interesse por navios de cruzeiro, a Princess sempre foi o meu objetivo – meus amigos sabem o quanto desejei ser parte dessa empresa. Trabalhar para ela será a realização de um projeto e um desejo.

Em breve, voltarei a este espaço com boas novidades. Sei disso, porque eu rezo sempre.


Abraços do mineiro.

[Meu American Visa C1/D. Agora correto, graças a Deus!]

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domingo, 20 de fevereiro de 2011

Meu Visto e meus Exames chegaram

Amigos

Antes do esperado, hoje recebi em casa o meu passaporte (e Visa) e meu relatório médico, em inglês. Ambos são essenciais para qualquer tripulante, e abaixo divido com vocês algumas impressões.

===== Visto Americano

“Alguém entende esse pessoal da Embaixada?”

Não podia iniciar uma nova postagem no blog sem lembrar dessa citação do post anterior.

Mais do que nunca tenho certeza que jamais entenderei esse pessoal. Após eu quase-sair-da-embaixada-chorando-por-ter-ido-mal-na-entrevista-e-pensar-que-tudo-estava-acabado, hoje recebo em casa o meu passaporte com um presente junto.

Vamos do início: quando se é recrutado para uma companhia de cruzeiros americana, é necessária a obtenção dos Vistos Tipo C1 (trânsito) e D (tripulantes, tanto de aeronaves ou navios). Ambos os vistos permitem permanecer nos EUA por até 29 dias [fonte: http://www.greencard.com.br/os_eua/vistos/vistos2.htm], e normalmente são emitidos com validade de até cinco anos – mas conheço tripulantes que conseguiram com validade de apenas um ano. Entretanto, esse acesso aos EUA não é livre: deve-se comprovar junto a imigração, assim que pisar em solo americano, que se está lá para realmente fazer parte de uma tripulação. Isso se faz apresentando contrato assinado, carta convite e uma série de documentos que lhe serão enviados apenas quando você possuir definida uma data de embarque.

Resumindo: para quem pensa em usar esses dois tipos de visto para viajar e/ou imigrar ilegalmente, podem tirar o cavalinho da chuva: não vai nem sair do aeroporto ao chegar na terra do Tio Sam. Se o objetivo é esse, nem pensem em participar de um processo de recrutamento na Staff Work, Infinity e agências semelhantes. Economizem seu tempo e dinheiro, ok?

Mas o que isso tem a ver? Bom, sabem aquelas imensas filas em frente a qualquer Embaixada dos EUA? Lembram também daquelas temidas histórias de vistos reprovados, mesmo com tudo correto? Existem pessoas que contratam despachantes e representantes e agências e conseguem “N” comprovantes de renda e mesmo assim têm o visto reprovado. Todo mundo já ouviu uma lenda a respeito, e teve até novela com esse tema.

Pois bem. A gigantesca maioria desse pessoal está atrás do Visa Tipo B (visitantes), que deve ser categoria B1 (visitantes a negócios) ou B2 (visitantes a passeio, os turistas). O Visa B2 é o mais solicitado e sem sombra de dúvidas o mais recusado de todos. Eu não solicitei esse tipo de visto. Se tivesse solicitado, segundo a lógica (não tinha comprovante de renda, lembram?), deveria ser negado. Como comentei no post anterior, pela entrevista que tive com o Cônsul, acreditava que até os Vistos C e D me seriam negados.

E não é que a Embaixada, ao invés de me conceder o Visa C, preferiu me conceder Visa B1/B2 válidos por dez anos?

Por isso, repito novamente: alguém entende esse pessoal da embaixada?

Parece que meu caso é raro... perguntei para literalmente dezenas de tripulantes e candidatos a tripulantes: absolutamente nenhum deles ganhou esse “presente”. Isso com certeza me abrirá portas, pois se eu precisar de algum outro tipo de Visa no futuro – de estudante ou visto para a Europa, por exemplo – possuir três vistos americanos facilitará as coisas. Além do mais, quando me der na telha eu posso ir para Miami fazer umas comprinhas (não que eu tenha dinheiro para gastar, mas poder ir eu posso...).

Mas porque consegui isso? Eles foram com a minha cara? Eu pareço americano? Não tenho cara de imigrante? Ou seria apenas sorte? Talvez seja um pouco de cada um desses motivos, talvez não seja nenhum deles.

Quem tem fé, já sabe qual o motivo.

Vivo dizendo que quem reza consegue. Às vezes consegue mais do que espera.

===== Exames Médicos

No mesmo dia do passaporte recebi os resultados dos meus exames médicos realizados em São Paulo, devidamente traduzidos para o inglês.

Até aqui, sem novidades nem surpresas: estou com a saúde perfeita. O único porém é que o médico colocou no meu relatório que não passei no teste de cores Ishihara (para identificar daltonismo, saiba mais aqui). Já sabia que era daltônico desde criança, e meu tipo de daltonismo é leve: enxergo as cores perfeitamente (tem gente que enxerga em preto e branco), mas se em alguma cena estiveram juntos vermelho e marron ou azul e roxo, por exemplo... já era, não sei qual é qual. Ou seja: enxergo as cores, mas às vezes as confundo um pouco.

É uma bobagem, com certeza, ainda mais se levarmos em conta meu cargo. O médico até falou comigo que isso não me impedia em nada para trabalhar no navio, e no próprio relatório existe um campo aonde fala que o resultado do Ishihara só é relevante em cargos relativos a “Deck and Techinical department” – definitivamente não é meu caso.

Se é assim, porque esse louco desse médico teve que colocar isso no relatório? Espero não ter problemas com isso.

===== Passo seguinte

O passo seguinte é enviar para a Staff Work cópias desses e de alguns outros documentos, e aguardar a orientação que eles irão me dar.

Acredito que a orientação será exatamente essa: aguardar. Assim que receberem minha documentação, a Staff enviará para a Princess e essa definirá meu navio e data de embarque. Pode ser esse mês, pode ser em Abril.

Gostaria de não ter que esperar muito. Sou paciente, mas a cada dia que passa – e a cada amigo que embarca – fico mais ansioso pelo dia que também estarei on board. Nenhuma experiência em terra pode ser comparada a essa que terei futuramente, e não vejo a hora desse futuro se tornar presente.

Até lá, espero que me façam companhia.



Abraços do mineiro.

[Meu American Visa D. Obrigado meu Deus!]

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sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Visto Americano

Amigos

Antes de começar essa postagem, quero avisar algo que meus amigos já vêm me perguntando há um tempo...

...meu Visto foi CONCEDIDO, graças a Deus!

Agora, vou contar como foi sofrido esse Visto.

Como devem saber, fui realizar o procedimento para o Visa em Brasília, por motivos diversos. Por isso, o que eu relatar aqui pode não se aplicar às outras repartições consulares americanas. Mas engana-se quem pensa que, por ser a Embaixada principal dos EUA no Brasil o procedimento vai ser mais organizado ou rápido. Muito pelo contrário.

Minha entrevista havia sido marcada para as 12 horas do dia 09/02. Como eu ainda não havia pago a devida taxa no Citibank, resolvi chegar às 07:00 para entrar mais cedo e resolver tudo antes. Não adiantou, pois a entrada era dividida em quatro grupos: entrevistas das 07:30, 08:00, 09:00 e 10:00. Esse último horário englobava também as entrevistas das 11 e 12 horas (ou seja, a maior fila e o meu caso). Dessa forma, enquanto o pessoal dos outros horários não entrasse (mesmo os que chegaram depois de mim) eu não poderia entrar. Acabei por entrar somente as 09:30.

Na sua vez de entrar, é checada a identidade e se seu nome consta na lista e horários corretos. Após isso, existe uma revista dos materiais que carrega (mochila, bolsa...) e passa-se por um detector de metais. Celulares e eletrônicos em geral não entram, e a Embaixada não possui guarda-volumes. Pessoas que não irão requerer o Visto não podem entrar como acompanhantes (nada de levar a galera heim!), a não ser em caso de incapazes ou menores.

Dentro da Embaixada – que é gigantesca e uma obra de arte, diga-se de passagem – fui direto à agência do Citibank pagar a devida taxa de US$140. Podia ter pago essa taxa em São Paulo, mas eu gosto de emoção e preferi deixar para a última hora. Essa taxa não é reembolsável em caso de negativa de visto, só pode ser paga em dinheiro (nada de cheque ou cartões de crédito, a não ser correntistas) e também só pode ser feita em Reais, de acordo com a cotação do dia. Paguei R$238.

Após isso fui para uma fila enorme (maior do que as do antigo INPS), para entrega dos documentos e retirada da senha para coleta de impressões digitais. Quando chegou a minha vez, me pediram o passaporte, foto 5x7, recibo do Citibank e comprovante de renda. Não levei este último, pois pensei que como tripulante não precisava. Disse isso e a atendente então solicitou as cartas da agência e mandou aguardar.

Até essa parte fui atendido somente por funcionários brasileiros. Todos eles foram um pouco rudes, ao contrário dos americanos: esses foram educadíssimos. Curioso, não?

Aguardar... essa realmente é a pior parte. Não por causa da espera em si, mas porque o sistema de chamada das senhas é bem estranho. Minha senha era 036, a senha da menina que estava na minha frente era 421 e a chamada era aleatória. Eu mesmo fiz todo o procedimento antes da garota com a senha 421. Com essa senha fui chamado duas vezes: a primeira para retirar impressões digitais com uma americana, e a segunda vez seria para a entrevista em si.

===== Entrevista com o Cônsul Americano

Quem me conhece sabe que não sou uma pessoa ansiosa. Tiro de letra situações de pressão e posso esperar alguma coisa por horas a fio. Sou uma pessoa paciente e busco ser compreensivo. Dessa forma, não fiquei nervoso antes da entrevista, mas sim muito nervoso APÓS a entrevista.

Para entenderem, vou transcrever literalmente a minha entrevista com o Cônsul. Fui chamado mais ou menos às 12 horas e quem me atendeu foi uma moça bem jovem com cara de imigrante. De americana só o sotaque mesmo, e a entrevista foi através de uma cabine de vidro e em português:

Cônsul: Bom dia.
Ruben: Bom dia.
Cônsul: O Sr. é o Sr. Ruben Fonseca?
Ruben: Correto.
Cônsul: O Sr. trabalha?
Ruben: Sim.
Cônsul: Em quê?
Ruben: Sou Analista de RH.
Cônsul: Por favor, pode me entregar o seu comprovante de renda?
Ruben: Eu não trouxe comigo. Não sabia que era necessário.
Cônsul: Então o Sr.  não tem comprovante de renda consigo?
Ruben: Não.
Cônsul: E contracheque, o Sr. trouxe?
Ruben: Também não.

Nesse momento ela fez uma pausa em silêncio, olhou e digitou algumas coisas no computador... e voltou a conversar:

Cônsul: Sr., é necessário o comprovante de renda.
Ruben: Eu não trouxe comigo, pois pensei não ser necessário. Meu visto é para tripulante, sou tripulante de uma companhia americana.

Ela então olhou as cartas da Staff Work/Princess (será que não tinha visto que eu era tripulante?) e continuou:

Cônsul: Você trabalha para a Emerald Princess?
Ruben: Não, esse é o nome do meu navio. A companhia se chama Princess Cruises.

Nova pausa dramática, e ela termina a conversa:

Cônsul: Sr., é necessário um comprovante de renda. Volte a aguardar que eu lhe chamo com a mesma senha. Obrigada.

Tudo isso não durou nem dois minutos. Vocês tem noção de como fiquei nervoso nessa hora? Por nossa conversa e pela rapidez da mesma, tinha certeza que meu visto seria negado, e já comecei a pensar na grana toda que gastei, nos dias que faltei ao trabalho para realizar o recrutamento, em como fui burro ao não trazer a CTPS e contracheque, se deveria ou não tentar o visto de novo, como avisar a Nicole do ocorrido...

Mil coisas se passaram pela minha cabeça durante as mais de duas horas que aguardei para ser chamado novamente. Nunca me senti tão mal e já estava decepcionado comigo por antecipação. Para distrair, comecei a observar o pessoal que fazia a entrevista e olhava o pessoal que tinha o Visa aprovado – saíam felizes e direto para o pagamento do Sedex – e o pessoal que tinha o Visa reprovado – saíam cabisbaixos e rapidamente se retiravam. Também aconteceu um caso bem estranho: uma mulher foi algemada durante a entrevista e levada pelos seguranças, sem reagir. Será que ela falsificou algum documento?

Quando eram quase 15 horas fui novamente chamado pela mesma americana. Ela simplesmente disse: “Seu visto foi concedido. Você pode ir ao caixa pagar o Sedex para envio do passaporte ao seu estado. Obrigada.” E me devolveu tudo, inclusive a documentação da Staff Work/Princess. Só ficou com o passaporte mesmo.

Alguém entende esse povo da Embaixada?

Depois, paguei o Sedex (R$30 para Minas) e rapidamente sai de lá. Ter o Visa aprovado foi uma das melhores sensações que já tive, ainda mais depois de tanta espera. Saí de lá sorrindo o máximo que podia, e contente comigo mesmo.

Quem quiser ter uma outra visão do processo do Visto Americano e, principalmente, da entrevista com o Cônsul, recomendo a ler o blog a minha amiga Leila (http://pegandojacare.wordpress.com/page/2/). Ela é Bar Server na Princess e irá embarcar ainda em fevereiro.

===== Brasília

O que posso dizer de Brasília? A cidade é, no mínimo, estranha. Amplos quarteirões, ruas largas e sempre retas, terrenos imensos e vazios, ausência de polícia nas ruas (nesses quatro dias não vi absolutamente nenhum), trânsito quase sem motos, muito verde e atividades divididas por setor, quadras e superquadras...

Brasília é estranha, mas tem seu charme. Sua arquitetura é única e incrível, os órgãos públicos são imponentes e gigantescos, as ruas são muito limpas e bem cuidadas, consegue ser movimentada sem ser caótica. Apesar do calor infernal, consegui passear bastante por aqui. Como todo turista que se preze, visitei locais como o Palácio da Alvorada, Palácio do Planalto, Senado e o Itamaraty – este eu visitei com um grupo de italianos velhinhos e muito gentis. Até locais não muito conhecidos (para não-brasilienses), como o Palácio do Buritis, eu consegui visitar. Ótimo para quem pensava que não teria tempo nem para uma foto.

Só consegui fazer isso graças a um guia de turismo muito bacana que conheci no aeroporto, ao chegar de São Paulo. O Sr. Juan me levou para todos os lugares, rodamos de carro o dia todo, me explicou e mostrou tudo, me passou na frente de algumas filas de visitação... e só cobrou R$50 por um dia inteiro de passeio. O brasiliense é realmente muito legal e orgulhoso de sua cidade.

====== Onde ficar em Brasília

Quando fui realizar o recrutamento em São Paulo comentei sobre o Albergue Praça da Árvore. Em Brasília fiquei no Albergue da Juventude, também da rede Hosteling International. Como alberguista nato e de carteirinha, tive um desconto. Entretanto, mesmo com esse desconto e o preço de baixa temporada, o albergue conseguiu ser o mais caro que já fiquei até hoje. Nada muito exorbitante se levarmos em conta os padrões hoteleiros da cidade, mas ainda assim caro.

A estrutura física do albergue em si é invejável, bem grande e com vários espaços amplos mas vazios (seria o padrão em Brasília?), passando um ar de conforto e receptividade. O quarto também não deixa a desejar, e possui serviços básicos de qualquer albergue – roupa de cama e toalhas limpas, internet, cartões telefônicos, etc. A turma que encontrei por lá também era ótima – conheci um acreano que me garantiu que o Acre não é lenda.

O único problema é a localização: não existe nada perto do albergue, nada mesmo. Se você precisa almoçar ou comprar uma escova de dente, é necessário pegar um ônibus ou táxi e ir para algum setor com comércio. Eu também não me senti muito seguro lá, pois além da já citada falta de policiais, o local é isolado e o portão fica aberto, sem câmera ou campainha eletrônica.

===== Em casa

Viajar é bom, mas chegar em casa é melhor ainda. Por isso esperei chegar aqui em Minas para dividir as novidades com vocês.

Como puderam perceber, meu processo para o Visto não foi difícil, apesar do sufoco que passei. A chance de ter o Visto pra tripulante reprovado é baixa: lembro-me do pessoal da Staff Work ter comentado que, desde a abertura da agência, apenas um candidato foi reprovado. Além do mais, que americano iria enfrentar a vida a bordo? Eles precisam de estrangeiros como tripulantes.

Se vocês derem uma olhada em outros blogs (especialmente o da Leila que indiquei acima) ou conversarem com tripulantes, verão que as perguntas feitas são sempre óbvias e que a entrevista é bem rápida. Tudo sem segredo.

Se eu puder dar uma dica, seria para levarem a droga de um comprovante de renda... imagina se eu tenho o Visto recusado por causa de uma coisa tão simples e fácil de se conseguir? Ainda mais pra mim, que estou esperando o embarque mas não estou desempregado.

Dessa forma, chegamos ao fim de mais uma etapa pré-embarque. Espero que vocês fiquem felizes como fiquei e, como sempre, espero ter ajudado quem tinha dúvidas. Se tiveram mais alguma, podem comentar ou mandar um e-mail.


Abraços do mineiro.


[Interior do Santuário de Dom Bosco, na Avenida W3 Sul em Brasília. Um lugar lindo, calmo e sereno que, como bom católico, não podia deixar de visitar.]

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segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Exames Médicos, Cartas da Princess e São Paulo

Olá navegantes

Como prometido, estou passando aqui para falar sobre minha curta estadia em São Paulo.

===== Exames Médicos

Essa era a parte mais temida pra mim - mais do que o Visa, pois esse se reprovar você pode tentar denovo após um tempo. Pela quantidade de exames, estava com medo de descobrir alguma coisa que não sabia que tinha.

Que bobagem a minha. Os exames foram a parte mais suave até agora. Qualquer exame admissional de qualquer empresa daqui de Minas é mais complicado do que esses exames para tripulantes. Sério mesmo.

De início, é exigido que você tome algumas vacinas antes de realizar qualquer exame, além de comparecer munido de um Atestado Odontológico certificando que está com perfeita saúde bucal. Essa parte das vacinas pode surpreender, pois aqui em Minas iriam me cobrar R$110 pela vacina de Hepatite A e R$150 pela Hepatite A+B (seriam gratuitas se eu fosse doador de sangue). Liguei para vários postos de vacinação em São Paulo mas a situação era a mesma: ou não tinham a vacina, ou se tinham cobravam o mesmo valor que em Minas. Mas talvez eu estivesse com sorte: um amigo meu de Santa Catarina (o Bruno, que é do Sul mas não é loiro) pagou R$130 apenas pela Hepatite A. Deixei isso para última hora (pensei que todas eram gratuitas) e quase me ferrei, por isso não caiam nessa besteira!

Quanto aos exames - Audiometria, Raio-X, sangue... - em si foram mais do que tranquilos. A única parte mais complicada foi a entrevista com o médico, ele pergunta TUDO! Perguntou, por exemplo, até quantas latinhas de cerveja eu tomava quando ia pra balada, e anotou a quantidade. Coisas pequenas assim, mas que podem ser querer ferrar algum tripulante. Prestem atenção no que irão responder.

Para fechar tudo, devo esperar os exames chegarem em casa. Eles ficarão prontos em 05 dias úteis (dia 14/02), então serão enviados para Minas por Sedex. Não sei porque, sinto-me cada dia mais perto do embarque.

===== Cartas da Princess

Na segunda ainda passei na Staff Work, torcendo para ter alguma data ou notícia. Claro que eu sabia que isso era meio improvável, pois não tinha nem o Visa ainda... mas mesmo assim fui com essa esperança.

Mas não era o caso (sem Visa, nunca seria). Recebi toda a documentação necessária para apresentar à Embaixada, com uma data fake de embarque - 07 de Abril, no Emerald Princess. Sem essa documentação, sem chance da Embaixada liberar o Visa. 

O que me deixou mais esperançoso é que a Nicole me disse que as datas para a minha função estão saindo rápido, que posso ficar tranquilo. Se eu for embarcar no Emerald ficarei muito feliz. O trajeto dele é muuuuito interessante, passa por Dinamarca e Rússia, por exemplo. Iria gostar do Ocean também, nesse momento ele está na China e passará em breve pelo Japão. Fica aí a torcida (e a esperança que a Nicole leia isso... hehehe!!!).

===== São Paulo

Além disso tudo, nesse pouco tempo dei um giro por Sampa, por locais típicos de turistas. LÓGICO que passei (de novo) na Liberdade, e visitei a feira que tem lá aos Domingos. Lembro de há muito tempo atrás ter lido sobre essa feira na extinta revista Made in Japan, e fazia anos que tinha vontade de visitá-la. Sinceramente, seria muito difícil eu deixar de morar em Minas - amo meu Estado, meus amigos, meu Cruzeiro, meu Uai, minha Beagá e meu Mineirão com todas as minhas forças (o navio não conta, pois é por contrato). Acredito que, se Deus é brasileiro, com certeza é Mineiro pois ele é bão dimais. Só sairia daqui pra passar uma temporada na Liberdade mesmo.

Outra atração de São Paulo são alguns amigos que tenho aqui, em especial a Leila (Leiloca para os íntimos). Encontrei ela sem querer ao ir fazer os exames médicos, e ela me fez compania durante um tempinho. Ela é ótima, sempre pra cima e super alto astral. Deixo aqui um beijão para ela.

Sem querer puxar saco, também deixo um beijão para a Nicole. Com certeza a parte mais difícil do recrutamento até agora foi ser selecionado por ela (que é um doce de pessoa, mesmo stressada). Então galerinha da Staff, vai a dica: se passarem por ela, fiquem tranquilos!     =D

Daqui há uns dias eu volto, postar o encerramento da novela do Visa. Estou doido para isso tudo acabar e só ficar em casa na manha, roendo as unhas e esperando a data.


Abraços do mineiro.

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